Quando nos propomos a construir um site, a orientação é sempre no sentido de “vender algo.” Afinal, estamos em um mundo de mercadorias onde tudo é quantificável e somos incitados a nos vender a nós mesmos como mercadorias. Nosso fazer torna-se um “serviço.” A quem e ao quê ele é o servidor?
O que me proponho a fazer aqui não é nada disso. É um convite. Um convite a parar, a sossegar. Para que algo possa eventualmente (mas nunca necessariamente) acontecer. O que um terapeuta faz é criar um ambiente (chamado de setting) onde algo poderá ou não ser gestado ou propiciado.
Em uma terapia há o terapeuta e o paciente. O encontro desses dois possibilita o aparecimento gradual de um terceiro elemento. Este terceiro elemento não é quantificável e não tem nome. Não tem nome pois não é uma coisa. É um acontecer, um dar-se conta, um aprofundar, um apropriar. Na linguagem o que mais se aproximaria dele seria um verbo, talvez.